quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Preso por arrastão apanha dos pais na rua no Rio

Francisco Édson Alves e Carla Marques
Um grupo de sete estudantes foi vítima ontem de um arrastão dentro de um ônibus no Jardim América, no Rio de Janeiro. Um policial, que acabara de sair do plantão do 16º Batalhão da Polícia Militar (Olaria), seguiu o veículo e prendeu dois jovens acusados do ataque. Um suspeito que estava armado conseguiu escapar. Um dos presos apanhou dos pais algemado. O casal estava revoltado com o fato de o filho ter participado de um arrastão.
Transtornados com a atitude do filho Rafael Nunes Xavier, 18 anos, um dos presos, os pais tiveram uma atitude inusitada. Com um cano de PVC, o comerciante Luís Henrique Xavier, 48 anos, e a costureira Maria Lúcia Nunes Xavier, 47 anos, surraram o rapaz algemado, na frente de PMs, vítimas e curiosos na rua Marechal Antônio de Souza. Ele havia acabado de descer do ônibus da linha 906 (Jardim América-Caju), da empresa Breda.
"Bati com vontade. Não o criamos para o mundo do crime. Ele sempre teve de tudo e não precisava fazer isso. Cansamos de alertá-lo para não andar com más companhias e não adiantou. E agora? O que vai ser da vida dele, se misturando com bandidos na cadeia?", desabafou, chorando, Luís Henrique. Ele contou que o filho cursa o Ensino Médio numa escola pública em São Cristóvão e não tinha passagem pela polícia.
"Foi um ato de desespero, mas não me arrependo. Bateria nele de novo para que ele não siga jamais o caminho do mal", justificou-se Maria Lúcia. Segundo ela, o rapaz ajuda o pai num mercadinho da família, na Favela do Dique. "De uns tempos para cá, ele andou com gente ruim", lamentou.
O cabo Efigênio Soares, 37 anos, saía do batalhão em seu carro, por volta de 7h30, e foi avisado do assalto ao ônibus. Ele seguiu o veículo e interceptou os suspeitos, com a ajuda de outros PMs, próximo à Escola Técnica Juscelino Kubitschek, para onde iam as vítimas. Bandidos roubaram quatro celulares e dois aparelhos de MP3. Uma das alunas levou um tapa no rosto porque não tinha celular.
Surra na rua comoveu até as vítimasA surra no suspeito comoveu até as sete vítimas. "De repente, os pais de Rafael saíram do meio da multidão e, xingando o filho, foram para cima do jovem. Luís Henrique quebrou o tubo de PVC batendo no rapaz. Quando consegui dominá-lo, a mulher dele pegou o cano no chão e acabou de quebrá-lo no corpo do filho, que ficou com vários hematomas. Deu pena ver o sofrimento dos pais", disse o cabo Efigênio Soares.
O Dia

*** Primeiro foi o caso do pai que não pagou a fiança do filho que foi preso por dirigir bêbado, e agora este caso... Gostaria de ver mais casos como estes e menos casos como o pai de um dos estudantes acusados de espancar a doméstica no ponto de ônibus, que defendeu o filho dizendo que foi apenas um deslize do garoto...***

Meninos vítimas de abusos são vistos como "garanhões"

Uma menina de 17 anos, no norte do Estado de Nova York, é forçada a fazer sexo com um professor. Em lugar de atrair simpatia, os demais alunos começam a pressioná-la por causar problemas ao professor muito popular. Ela sofre ameaças e empurrões nos corredores da escola, de parte de outras alunas. Apenas seis semanas antes da formatura, decide deixar a escola.
Um menino de 17 anos, no Colorado, é seduzido por sua atraente professora. Um vizinho conta à mãe do adolescente que aquilo era uma conquista sexual equivalente a "escalar o Everest". Ele precisa se esconder da mídia devido à atenção que seu caso gera.
Os dois casos representam crimes e abusos, mas muitas vezes terminam tratados como entretenimento. Meninas são pressionadas ao papel de sedutora ou de vítima ingênua. Meninos são vistos como garanhões. Delitos sexuais cometidos por professores são bastante comuns nas escolas norte-americanas, de acordo com uma investigação da Associated Press. Mas a reação dos norte-americanos a eles se divide fortemente com base no sexo da vítima.
"Em Hollywood, eles acham tão excitante que um rapaz transe muito novo. Mas eu posso dizer que não é tão excitante assim", afirma Jeff Pickthorn, que fala por experiência. Ele tinha 12 anos quando começou a fazer sexo com sua professora de sétima série, que tinha 24. "Eles dizem que esses caras têm sorte. Mas eu digo que isso não é sorte de jeito nenhum".
Na época em que seu envolvimento com a professora aconteceu, Pickthorn talvez concordasse com essas avaliações. Ele fez sexo com a professora por meses, até que seus pais descobrissem e a professora fosse pressionada a se demitir. Mas o caso o deixou "sem noção de fronteiras", ele afirma agora, aos 54 anos, depois de uma vida marcada por casos extraconjugais, vício em jogo e casamentos fracassados.
A pesquisa da AP sobre cinco anos de medidas disciplinares estaduais contra professores constatou que 2,57 mil educadores foram punidos por delitos sexuais. Nos casos em que o sexo da vítima é fácil de investigar, quase 90% dos predadores são homens.
Mas os meninos que são atraídos a relacionamentos sexuais com professoras recebem atenção imensa, especialmente se a mulher for atraente. Eles se tornam objeto de cobertura de imprensa constante, assunto de piadas para humoristas de TV, astros de sites que contêm fotos, vídeos e outros materiais sobre o que lhes aconteceu.
Um envolvimento que, nos casos em que a vítima é mulher, costuma ser descrito como estupro ou abuso sexual, recebe designações do gênero "ligação sexual" ou "caso amoroso" quando a vítima é um rapaz. "Os promotores tentam ao máximo não tratar esses casos de maneira diferenciada e não aplicar padrões dúplices. Mas a sociedade mesma vê de forma dúplice esse tipo de situação, e isso afeta a maneira pela qual casos desse tipo serão vistos por juízes e júris", diz Michael Sinacore, funcionário da Justiça estadual da Flórida.
Ele comandou o processo contra Debra Lafave, ex-professora do sistema escolar do Estado que admitiu ter feito sexo com um aluno de 14 anos. A atenção pública dedicada à loira de 25 anos, que tinha se casado pouco antes do julgamento, rapidamente "disparou", disse Sinacore, depois que fotos dela de biquíni, em uma moto, foram veiculadas na Internet.
"Há algo de errado em transformar uma pessoa acusada de crime sexual em celebridade", ele disse. Por fim, a família da vítima tentou evitar que o caso fosse a julgamento, devido à atenção exagerada da mídia. Lafave se confessou culpada de ataque lascivo e libidinoso e foi condenada a prisão domiciliar e liberdade condicional.
O caso de Mary Kay Letorneau, há alguns anos, atraiu atenção obsessiva dos tablóides. Casada, mãe de quatro filhos, ela teve dois filhos com um aluno. Foi sentenciada à prisão, mas se casou com o antigo aluno, que havia completado 21 anos, ao ser libertada. Carrie McCandless, 45, professora de segundo grau no Colorado, foi condenada a 45 dias de prisão por sexo ilegal com um rapaz de 17 anos.
Uma amiga da mãe do adolescente envolvido ¿ sem saber a identidade do menino em questão - disse à mãe dele que fazer sexo com McCandless "seria como escalar o Everest, para qualquer menino".
Um estudo conduzido pela Universidade de Buffalo sobre as percepções quanto a sexo entre alunos e estudantes constatou que, nos casos que envolvem professora e aluno, a situação é muitas vezes vista como "parte normal do amadurecimento", e os entrevistados usualmente se inclinam menos a considerar que a professora deveria perder sua licença.
E os entrevistados homens também se inclinam mais a ver aspectos positivos nesse tipo de relacionamento, e menos a considerar os possíveis danos de longo prazo. Os psicólogos que tratam rapazes envolvidos nesse tipo de situação afirmam que eles sofrem duplamente ¿ primeiro pelo abuso em si, e depois com a opinião generalizada de que eles têm muita sorte.
"É provável que um rapaz, em um caso de envolvimento com professora, alegue que não houve problema, não foi assédio, não foi abuso, e ele não saiu prejudicado em nada", afirma Richard Gartner, psicólogo em Nova York. O reconhecimento dos danos sofridos muitas vezes só acontece quando a vítima chega aos 30 ou 40 anos, ou até mais tarde, ele afirma.
Os problemas causados variam amplamente, dependendo da idade da vítima e da orientação sexual do rapaz e de quem tenha praticado o abuso, diz Gartner. As vítimas muitas vezes reportam vícios e distúrbios compulsivos, posteriormente, entre os quais vício em jogos de azar, sexo ou substâncias controladas, ele afirma. Meninos ou meninas, as vítimas muitas vezes terminam envolvidos em relacionamentos determinados por poder e controle, e não afeto.
Mas o sofrimento dos rapazes é desconsiderado. "Em nossa sociedade, somos condicionados a considerar que homens não são vítimas, que essa condição é peculiar das mulheres", disse Gartner. "Dizer que você é vítima, especialmente vítima sexual, significa, para muitos homens e rapazes, admitir que não se é inteiramente homem".
AP

*** Este é apenas um dos milhares de exemplos que temos, para comprovar que ainda vivemos em uma sociedade machista, medíocre, hipócrita e de FALSO MORALISMO!!!***

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Humanos se casarão com robôs em breve, diz pesquisador

Ainda neste século, humanos poderão se casar com robôs. E consumar o casamento. A tese é defendida pelo britânico David Levy, pesquisador em inteligência artificial na Universidade de Maastrich, na Holanda, que terminou recentemente seu Ph.D sobre as relações entre humanos e robôs. Em seu trabalho, intitulado Intimate Relationships with Artificial Partners (Relações íntimas com parceiros artificiais), Levy argumenta que os robôs serão tão humanos na aparência, nas funções e na personalidade, que muitas pessoas vão se apaixonar, fazer sexo e até mesmo se casar com eles. "Pode soar meio estranho, mas não é. Amor e sexo com robôs são inevitáveis", disse ele ao site LifeScience.
"Primeiro os robôs eram usados impessoalmente, em fábricas onde ajudavam a construir automóveis, por exemplo. Depois foram para os escritórios entregar correspondência e agora guiam visitantes por museus, entraram nas casas para limpá-las, como o Roomba. Hoje você tem brinquedos robóticos, como o cão Aybo da Sony ou pets de estimação como os Tamagotchi", exemplificou.
Amor programávelLevy também cita que psicólogos identificaram aproximadamente uma dúzia de razões básicas para as pessoas se apaixonarem. E quase todas elas poderiam ser aplicadas às relações entre humanos e robôs. "Por exemplo: uma das coisas que predispõe as pessoas a se apaixonarem é a similaridade de personalidade e nível de conhecimento, e tudo isso é programável".
Enfim, amor e sexo com robôs pode, à primeira vista, parecer algo muito "geek". "Mas assim que uma reportagem do tipo 'fiz sexo com um robô e foi ótimo' apareça em algum lugar como a revista Cosmo, por exemplo, acho que muitas pessoas vão querer entrar na onda", disse Levy. Para o pesquisador, não se trata mais de perguntar "se" isso vai acontecer, mas sim "quando". A reportagem original do site LifeScience pode ser lida (em inglês) pelo atalho http://tinyurl.com/247lpm.

Redação Terra

*** Eu lhes disse minhas amigas: não percam as esperanças!!! Taí a solução!!!